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AGENDA 2030 – por Maurílio Pedrosa

Ao olharmos para a nossa comunidade, cidade, país e mundo, nos deparamos com desafios dos mais variados graus, todos coexistindo e nos demandando atitudes corajosas para enfrenta-los. Essa situação sempre existiu e não nos parece razoável pensar que ela deixará de existir. O que trazemos aqui é uma reflexão sobre propostas, que vem surgindo nas últimas décadas, de uma atuação coletiva e colaborativa para o enfrentamento de temas críticos para o desenvolvimento sustentável mundial, ancorado no equilíbrio das esferas econômica, ambiental e social.

No ano 2000 foram lançados pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o comprometimento de 191 países – dentre eles o Brasil, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), divididos em oito temas mirando a redução da extrema pobreza, da fome, da mortalidade infantil e, ao mesmo tempo, buscando a melhoria da saúde e do acesso à educação. Governos, empresas, sociedade civil e comunidade internacional foram estimulados a atuar em conjunto para o alcance dos resultados.

Se ficarmos na superficialidade das notícias, podemos ter a impressão de que esses complexos problemas continuam no mesmo patamar de 15 anos atrás e de que as metas estabelecidas formalmente são mais discurso do que prática. No entanto, ao aprofundarmos nos dados oficiais disponibilizados pela ONU constatamos que o comprometimento dos países em direcionar esforços e investir em iniciativas alinhadas aos ODM resultou na redução de mais de 50% de pessoas na faixa de extrema pobreza; redução, em mais de 50%, do número de pessoas sem acesso a fontes de água potável; redução de 40% no número de novas infecções pelo vírus HIV; aumento da taxa de matrícula para 91% no ensino primário nas regiões em desenvolvimento, dentre outros importantes avanços.

Elaborados para suceder e complementar os ODM, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, (ODS) foram assumidos por 197 países na Cúpula das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em 2015. São 17 objetivos que se desdobram em 169 metas específicas e mensuráveis, em um abrangente olhar sobre o desenvolvimento até o ano de 2030.

Por mais que exista uma diretriz global, é no local que o resultado aparece, ou não. Nessa perspectiva, é possível identificar concretamente como cada pessoa, cada instituição pode atuar em sinergia com esses desafios e contribuir para o alcance dos resultados.

O ODS 16, especificamente, pede acesso à justiça para todos, instituições responsáveis, inclusivas e efetivas em todos os níveis e ações para enfrentar a desigualdade e a violência.

Esse objetivo está totalmente alinhado com a razão de ser do Instituto Minas Pela Paz, organização da sociedade civil que tem como missão promover a cultura de paz, por meio da inclusão social, em vista da transformação da vida de pessoas socialmente vulneráveis. Essa é uma excelente possibilidade de atuar com um olhar em resultados concretos, comparáveis e com a perspectiva de troca de experiência e busca de exemplos de ações também com esse foco.

Ao nos aliarmos aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, estaremos alinhados com nossas empresas parceiras, com as lideranças comprometidas com o futuro. Se temos metas claras de onde chegar e como chegar, a probabilidade de alcançarmos sucesso se potencializa. As ferramentas estão aí, as métricas também, basta somar nossos esforços rumo ao desenvolvimento sustentável.

Maurílio Pedrosa, gestor do Minas Pela Paz

01.04.2016

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