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(DES) ARMAMENTO – por Maurílio Pedrosa

Recorrentemente, as notícias internacionais nos trazem informações de tragédias nos Estados Unidos, muitas vezes em escolas, nas ruas e templos religiosos, causadas por atiradores que matam por motivos ideológicos, passionais, insanos enfim, resultando na aniquilação de sonhos, na destruição de famílias, no medo e na insegurança de milhares de pessoas.

Também no Brasil, o impacto do uso de armas de fogo é bastante significativo. O Atlas da Violência 2018, publicação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, registram o ano de 2016 quando foram computados 62.517 homicídios no país e, destes, 44.475 (71%) consumados por armas de fogo.

A ocorrência frequente e a gravidade destes fatos nos fazem refletir sobre o tema, que volta com força nas recentes discussões no Brasil a partir do posicionamento da nova equipe presidencial eleita, que aponta para a facilitação do porte de armas para a proteção do cidadão e sua consequente sensação de segurança.

A proposta é polêmica. Uma pesquisa do Datafolha, publicada em outubro de 2018, aponta que 55% dos entrevistados concorda que as armas deveriam ser proibidas por representarem ameaça à vida de outras pessoas, mas 41% consideram um direito dos cidadãos possuírem uma arma legalizada para se defender.

Nós, do Minas Pela Paz, nos posicionamos contra toda forma de violência e acreditamos na educação – formal e por valores – como um caminho real e possível para a construção de um novo olhar em benefício da paz social com “uma nova prática” de contenção de crimes. Entendemos que uma política de controle responsável de armas de fogo é de fundamental importância para a segurança de todos.

A segurança pública é uma obrigação do Estado e se não está funcionando com efetividade, não será através do armamento da população que virão as soluções. Somos a favor do desarmamento e recomendamos a prática do diálogo, do respeito mútuo, da empatia e da gentileza – aliados à atuação efetiva dos atores da segurança pública – como formas de prevenir situações de tensão e de mediar conflitos, evitando mortes que vitimam tragicamente a nossa nação.

Maurilio Pedrosa, gestor do Minas Pela Paz

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