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A GRANDE VIRADA – por Ana Veloso

Na última semana, o Minas Pela Paz realizou, em parceria com o SESI/FIEMG, a Rede de Carreiras SENAC, a DMT e a ABRH/MG, a palestra “A Grande Virada”, com a publicitária e escritora Cris Guerra. Em sua fala, baseada na própria história de vida, Cris Guerra expõe uma trajetória repleta de desafios, perdas, obstáculos, mas também de muita superação.

Pelas palavras da Cris, “o fracasso é muito importante para o aprendizado e o crescimento pessoal e as crises podem ser excelentes motores para mudanças. Temos escolhas diante das crises, por mínimas que sejam, e essas escolhas fazem toda a diferença na busca de saídas. A falta de caminho pode ser, sim, um novo caminho. E podemos sair dos nossos problemas melhores do que entramos”.

A reflexão proposta tem uma enorme sinergia com o trabalho desenvolvido pelo Minas Pela Paz, que tem como missão transformar a vida de pessoas socialmente vulneráveis. O que fazemos, diariamente, é mobilizar instituições, empresas, governo e oferecer caminhos para que pessoas possam mudar suas trajetórias rumo a um futuro melhor.

No programa Regresso atuamos especialmente nas APACs, as Associações de Proteção e Assistência aos Condenados, unidades prisionais que prezam pelo cumprimento da pena aliado à valorização humana. Levamos às APACs, em parceria com SESI, SENAI e SENAC, cursos de educação continuada, capacitação profissional e fomento a unidades produtivas, que estimulam talentos e fortalecem as capacidades individuais com foco na inclusão social.

Já no projeto Trampolim, o Minas Pela Paz reúne a Prefeitura de Belo Horizonte, o Governo de Minas, Tribunal de Justiça, Sistema S e entidades profissionalizantes para oportunizar aos jovens em cumprimento de medidas socioeducativas a entrada no mercado de trabalho protegido, por meio de programas de aprendizagem.

E como falou Cris Guerra, citando o poeta Carlos Drummond de Andrade, ao invés de enxergarmos que “no meio do caminho tinha uma pedra”, podemos visualizar, no meio das pedras, novos caminhos. E esses caminhos, por mais tortuosos que sejam, por mais árduos que sejam, podem nos levar a lugares melhores, mais dignos, mais seguros para se viver.

 

Ana Luiza Veloso, gerente de projetos do Minas Pela Paz

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