Parceria do Programa Regresso com a Fiat e o Sistema FIEMG incentiva a formação em mecânica para recuperandos
A partir de hoje (19/11), 28 recuperandos da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Pouso Alegre se dedicarão ao aprendizado de um novo ofício, a mecânica. O curso é oferecido pelo Programa Regresso – iniciativa do Minas Pela Paz para a promoção de qualificação profissional e geração de renda aos recuperandos em parceria com o Sistema Fiemg, a Fiat Chrysler Automobiles, a Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC) e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
O curso de Mecânica Básica de Autos teve suas primeiras turmas em 2015 e tem como objetivo percorrer as APACs de todo o Estado. A unidade de Pouso Alegre é a terceira a receber a capacitação, depois de Sete Lagoas e São João Del Rei e conta com uma metodologia completa e diferenciada, aliando a expertise educacional da Escola Móvel do SESI/SENAI à tecnologia da Fiat. “Construímos junto com a Fiat, por meio do ISVOR Fiat – Universidade Corporativa da empresa, e a Escola Móvel do SESI/SENAI uma nova metodologia para a aplicação dos conhecimentos, utilizando como base a experiência de uma empresa atuante no mercado”, explica Maurílio Pedrosa, gestor do Minas Pela Paz, destacando a doação pela empresa de dois carros, equipamentos e o instrumental necessário para as atividades.
Para o superintendente-geral da APAC, Rogério Morais Barroso, a chegada do curso ao Centro de Reintegração Social é um presente de Natal. “Nós trabalhamos a recuperação do ser humano e, nesse processo, é fundamental que ele tenha uma profissão, uma coisa lícita que possa ser colocada em prática lá fora. Quando nós olhamos para os apenados sentimos que, muitas vezes, lhe faltou oportunidade. Agora, o curso lhes dá uma grande chance de ter uma carteira assinada, descobrir uma vocação e crescer em uma profissão”, acredita Barroso, que defende a ampliação dessa iniciativa para todo o público prisional. “Esse curso deveria se espalhar por todo o sistema prisional, não só para as APACs, para que os condenados tenham mecanismos para viverem honestamente ao conquistar a liberdade”, finaliza.