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APACs NO BRASIL E NO MUNDO – por Maurilio Pedrosa

Na última semana foi realizado, em São João Del Rei, o 8o Congresso das APACs, que são unidades prisionais que possuem um método de execução penal baseado na valorização humana para a recuperação do detento e sua efetiva inclusão após o cumprimento da pena.

Com mais de 500 profissionais presentes e engajados com o tema, a troca de experiências foi o ponto alto do encontro, demonstrando que para que grandes desafios sociais a atuação intersetorial coordenada é o melhor caminho. Sociedade civil organizada, governo e judiciário apresentaram suas melhores práticas em prol da eficácia no sistema carcerário. A maioria das apresentações foram acompanhadas de exemplos práticos e histórias bem-sucedidas de ressocialização de detentos, demonstrando as realizações da metodologia APAC ao longo dos últimos 45 anos. Além disso, estiveram em pauta os caminhos para o aprimoramento da gestão nas APACs e as perspectivas de expansão do método tanto no Brasil como no mundo.

Na oportunidade, o presidente do Minas Pela Paz, C. Belini, foi agraciado com a medalha Jason Albergaria, condecoração oferecida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais por sua contribuição pelos serviços prestados e exitosas ações de apoio à execução penal.

O debate foi enriquecido com a participação das comissões internacionais, que mesmo com realidades de sistemas carcerários distintas, buscam a redução dos índices de criminalidade em seus países e um processo de cumprimento de pena de forma digna e restauradora. Estiveram presentes representantes da Nicarágua, Colômbia, México, Paraguai, Bolívia, Portugal, Alemanha, Itália, Costa Rica e até da Coreia do Sul.

Nesse sentido, o Congresso foi um momento precioso de colocar a serviço do país e do mundo uma genuína prática brasileira na busca de uma sociedade melhor. Com a ótica de recuperar o detento sem deixar de lado o suporte às vítimas e de envolver a comunidade nessa recuperação, damos um exemplo concreto de eficiência e inovação na desafiadora busca pela cultura de paz.

Maurilio Pedrosa, gestor do Minas Pela Paz

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