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CONFEITARIA ESPERANÇA – por Maurilio Pedrosa

Um fogão, uma mesa, alguns utensílios em menos de 8 metros quadrados; mulheres preparadas para o ofício e o sonho de uma vida melhor. Esses foram os ingredientes para a criação da Confeitaria Esperança, unidade produtiva inaugurada em março na APAC Feminina de Rio Piracicaba.

A APAC é a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados, uma instituição social parceira do Governo e Tribunal de Justiça de Minas Gerais na execução penal de condenados pela justiça. Nas APACs, além de rígida disciplina, uma rotina repleta de obrigações e também oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional, como a espiritualidade, o estudo e o trabalho.

Assim é em Rio Piracicaba, uma APAC feminina que abriga 44 mulheres, chamadas de recuperandas. Destas, 32 foram contempladas pelas ações do programa Pró-APAC do Minas Pela Paz e receberam qualificação em confeitaria pela Escola Móvel SESI/SENAI, com o apoio da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, Tribunal de Justiça, Senac e Tio Flávio Cultural.

Nas aulas, a teoria e a prática para a preparação de alimentos foram chama para alimentar planos de novos caminhos de vida, pautados no trabalho e na vontade de mudar.

Pelas unidades produtivas, as APACs geram resultados positivos para todos os que dela participam. Para as recuperandas o trabalho é uma motivação, uma preparação para seu retorno à sociedade e fonte de renda para si e sua família. Para a APAC representa um apoio à sua manutenção e o estreitamento de laços com a comunidade e, para os clientes, a produção ganha um enorme valor agregado: o da inclusão social.

Um ano após a certificação das recuperandas em Rio Piracicaba e muita prática do dia-a-dia, essas mulheres passaram, agora, a disponibilizar seus serviços e produtos para a comunidade. Além dos pães, roscas, tortas que saem do forno, é esperança que se adquire ao acreditar que essas mulheres podem ter um novo futuro, distante da realidade que viveram até então.

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