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Eu, tu, nós – por Marco Antônio Lage

Não por acaso o primeiro dia do ano foi escolhido pela Organização das Nações Unidas como um dia para se celebrar o diálogo e a paz entre os povos, o Dia da Confraternização Universal. Afinal, Ano Novo é momento de se pensar no mundo que queremos e nos projetos de vida a consolidar ou a construir. E para se construir o novo, é imprescindível lembrar que vivemos em uma sociedade onde os interesses são variados e, não raro, até divergentes. Neste contexto, a solidariedade deve ocupar um lugar de norteadora das ações.

Promover a cultura de paz é assim: responsabilidade de cada indivíduo, consciente de seu papel social. Mas também compromisso das instituições, governo, escolas, igrejas, empresas. E é este o jeito do Instituto Minas Pela Paz trabalhar. Criado pelo Conselho Estratégico da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) em parceria com importantes empresas do Estado, um de seus principais valores é a aliança, a mobilização de esforços em defesa da inclusão social e do enfrentamento à violência.

O princípio da inclusão perpassa todas as iniciativas do Minas Pela Paz. O programa Regresso visa a abertura de vagas no mercado de trabalho para egressos do sistema prisional, fortalecendo-lhes a cidadania e propiciando redução nos índices de reincidência criminal. Para isso, promove qualificação profissional e busca trabalho para pessoas que, raramente, cumprida a pena, mereceriam um voto de confiança da sociedade.

O Minas Pela Paz também atua no fortalecimento das Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (APACs) de Minas Gerais, uma alternativa para cumprimento da pena com dignidade, gerando índices de reincidência menores e custando 1/3 do sistema comum. Os recuperandos são co-responsáveis pela sua ressocialização e recebem assistência jurídica, psicológica, médica e espiritual prestadas pela comunidade.

Passo a passo avançando, o Minas Pela Paz atende também jovens em situação de conflito com a lei. No programa Trampolim, frequentam cursos profissionalizantes e são encaminhados para vagas de trabalho, o que é, na maioria das vezes, a sua primeira experiência profissional.

Com tudo isso acontecendo, você pode se perguntar: por que a sensação de insegurança continua crescente, na mesma medida dos índices de violência?

Podemos dizer que os resultados já alcançados são fruto do apoio de instituições conscientes de sua responsabilidade cidadã, dispostas a fazer além do esperado. São, antes de instituições, pessoas que se empenham nesta causa.

Mas vislumbrando o horizonte, procurando a paz que queremos alcançar, vemos que há muito por avançar. Mas, como? Thiago de Mello já nos trouxe alguma resposta: “Não tenho um caminho novo. O que tenho de novo é o jeito de caminhar”. Em tempos de Ano Novo, em tempos de pouca paz, convidamos você a descobrir conosco novas formas de avançar. Eu e tu, juntos constituímos a força do “nós”, a única possível de mudar uma realidade social díspare, sofrida, sem esperança. Vamos juntos?

Diretor Coordenador do Instituto Minas Pela Paz

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