O ano 2017, em suas primeiras horas, ficou marcado por rebeliões, conflitos e mortes em prisões de diversos estados do país. E foi apenas o início. Os meses que se seguiram foram repletos de violência, acompanhados pela sensação de insegurança e de impunidade por maior parte da população brasileira.
Esforços dispersos na área da defesa social e investimentos insuficientes do governo, em todas as suas instâncias, demandam uma atitude cada vez mais proativa da sociedade civil organizada na busca de melhorias para a segurança pública. A esse trabalho o Instituto Minas Pela Paz se dedica há mais de 10 anos.
A iniciativa surgiu no âmbito do Conselho Estratégico da Fiemg, capitaneado por líderes empresariais decididos a enfrentar a criminalidade com projetos consistentes e resultados significativos.
A trajetória do Minas Pela Paz iniciou com a parceria com o Governo de Minas Gerais para a implantação do serviço do disque denúncia unificado para as polícias militar, civil e corpo de bombeiros nos 853 municípios do Estado. Pelas informações recebidas pelo número 181, as ações de policiais levaram à apreensão de 33 toneladas de drogas, mais de 18 mil armas de fogo, 210 mil munições, além de mais de R$22 milhões oriundos do tráfico de drogas e jogos de azar.
Aos jovens e adultos privados de liberdade oportunizamos cursos de formação profissional e inserção em programas de aprendizagem. Melhor capacitados e com contratos profissionais firmados, esses cidadãos passam a gerar renda, atuar profissionalmente e buscar novos caminhos longe do crime. Desde 2009, já foram 5.721 adultos e 393 jovens diretamente beneficiados.
No projeto de educação e cultura participaram mais de 220 educadores e 87.000 alunos de escolas públicas de Belo Horizonte e no próximo ano entramos em campo com um projeto de esporte para inclusão social.
Sendo assim, que 2018 chegue com a perspectiva de novas e positivas atitudes, de verdadeira transformação, de efetiva realização e com inúmeras possibilidades de um futuro melhor para todos. Esse é o nosso desejo e realmente, trabalhamos para isso!
Maurilio Pedrosa, gestor do Minas Pela Paz