Ações sociais estruturadas e estruturantes, cada vez mais alinhadas aos negócios, às políticas públicas e às agendas globais de desenvolvimento. Esse tem sido o modelo de atuação das empresas brasileiras em suas estratégias de investimento social. Juntas, desembolsam um valor anual que chega aos R$ 2,4 bilhões, a maior parte proveniente de recursos diretos, não de incentivos fiscais.
Essas são algumas conclusões da recém divulgada pesquisa BISC, Benchmarking do Investimento Social Corporativo, realizada há dez anos pela Comunitas, uma organização da sociedade civil que estimula a participação da iniciativa privada em ações de desenvolvimento econômico e social.
A pesquisa traz também a informação de que os valores de investimentos realizados no Brasil se equivalem ao de outros países do mundo, alinhados em cerca de 0,98% do lucro bruto anual das empresas que realizam ações sociais.
Outro ponto positivo levantado é o da consolidação de programas de voluntariado corporativo, considerados como prática de “ganha-ganha”, ou seja, de benefícios tanto para quem pratica o voluntariado como para quem o recebe.
O apoio à educação é prioridade nos investimentos sociais ao longo dos 10 anos da pesquisa, sendo direcionado ao tema cerca de R$ 800 milhões/ano, quase 40% do valor total investido. A temática que mais ampliou sua participação nos investimentos na última década foi a de defesa dos direitos. Em 10 anos, passou de 1% do valor investido para 7%, evidenciando a urgência de um olhar atento e ações efetivas para garantir direitos e buscar mais equidade em nossa sociedade.
E justamente nesses pilares o Minas Pela Paz ancora suas ações, ao atuar pela melhoria da defesa social e inclusão de pessoas na educação e no trabalho. Assim como o tempo em que a pesquisa é realizada, há dez anos o Minas Pela Paz conta com o investimento da iniciativa privada de Minas Gerais, capitaneada pelo Sistema Fiemg.
Hoje 37 empresas, associadas e parceiras, atuam juntas pela cultura de paz em Minas Gerais, alcançando resultados concretos em prol da coletividade.
Ana Luiza Veloso – Gerente de Projetos do Minas Pela Paz